O presidente de Furnas, Flavio Decat foi um dos palestrantes do painel “O Momento da Infraestrutura no Brasil”, nesta quinta-feira (17/10), no XXIV Congresso Nacional de Executivos de Finanças (CONEF), no Rio de Janeiro.

Durante a sua participação, Decat apresentou os índices mundiais sobre a qualidade de infraestrutura, nos quais o Brasil aparece na 114º posição, segundo uma enquete com 13 mil líderes empresariais no mundo. Já sobre o nível de investimento, o presidente destacou que a China ainda aparece no topo do ranking com larga vantagem, enquanto o Brasil segue alinhado com a média dos países do G7.

“O nível de investimento no Brasil mostra que o esforço da política governamental criada para aumentar esses aportes faz todo sentido, principalmente na linha da busca do capital privado para ajudar o País a incrementar esse crescimento”, comentou Decat.

Em relação aos índices de distribuição dos investimentos por modalidade, o presidente lembrou que o carro-chefe é a eletricidade, que contará com o maior volume de investimentos do BNDES para a infraestrutura até 2016.

Decat fez questão ainda de ressaltar o diferencial da matriz energética brasileira, majoritariamente formada por fontes renováveis, e o significativo crescimento dos consumidores em torno de dois milhões por ano, o equivalente a uma taxa de aproximadamente 3%.

O executivo defendeu também o incentivo às construções hidrelétricas no país. “A hidroeletricidade é o que temos de melhor. Poucos países têm essa capacidade, que é um privilégio para os brasileiros. Além de um menor impacto ambiental, esse tipo de geração é também mais vantajoso em relação aos custos operacionais e ambientais”, afirmou.

Decat enfatizou que a demanda por energia cresce a passos largos e que a discussão de como será o atendimento a tal demanda precisa ser imediata e transparente. “É necessário que a sociedade decida se quer a expansão por meio das hidrelétricas ou por térmicas, fonte de energia mais poluente e mais cara. Entretanto, não podemos perder de vista que a melhor energia de fato é aquela poupada”, encerrou.

Participaram do mesmo painel o vice-presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Wagner Bittencourt, e o CEO da Queiroz Galvão Infraestrutura, André Câncio.